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Gravidez após os 40: prós e contras

10/10/2017

Com o passar das últimas décadas, as mulheres têm cada vez mais postergado a maternidade em função da carreira profissional e da estabilidade financeira. Este cenário social, cada vez mais comum em países desenvolvidos economicamente, eleva o número de gestações tardias. Se você tem adiado o momento de ter um bebê, talvez seja a hora pensar nos prós e contras de uma gestação após os 40 anos.

Toda gravidez nessa faixa etária é considerada de risco, mas mesmo assim, é possível ter uma gestação saudável se houver um bom acompanhamento médico, planejamento e cuidados em relação à alimentação e exercícios físicos moderados.

Uma das primeiras observações a serem feitas é que na idade avançada da mulher existe maior incidência de diabetes gestacional e hipertensão. Além disso, há o risco de desenvolvimento de pré-eclâmpsia. Por isso, é recomendável fazer exames médicos completos e observar com cuidado o aparecimento dessas doenças. Elas podem ser prejudiciais ao bebê já que causam alterações no crescimento fetal, então é preciso ficar atenta.

Outro risco das gestações tardias é o aumento da chance de um abortamento espontâneo. Segundo recentes pesquisas, até 25% das gestações em idade materna avançada resultam em aborto e essa taxa aumenta em mulheres com mais de 42 anos. Além disso, a taxa de nascimentos prematuros é alta, chegando até 15%, sendo a diabetes e a hipertensão os principais fatores responsáveis.

Ainda, é mais difícil engravidar naturalmente aos 40 anos. O índice de infertilidade nessa idade é maior tanto pela quantidade, como pela qualidade dos óvulos. Isso ocorre porque a mulher nasce com uma quantidade determinada e finita de óvulos, chamada reserva ovariana, que começa a declinar em torno dos aos 35 anos e que tem queda acentuada aos 40. Esse relógio biológico vai esgotando a reserva e também afetando a qualidade dos óvulos.

É por isso, também, que o risco de haver anormalidades cromossômicas aumenta na idade mais avançada. Essas anormalidades ocorrem devido a uma falha na divisão dos cromossomos do óvulo, resultando em trissomia (um cromossomo extra, como em casos de Síndrome de Down e Klinefelter) ou monossomia (falta um cromossomo, como na Síndrome de Turner). A maioria dos casos de embriões com anomalias genéticas acaba por não se implantar no útero ou é eliminada no início da gestação em forma de aborto. Os casos de anomalias cromossômicas não são possíveis de evitar, mas existem exames que constam elas já com 9 semanas de gestação.

Então, um dos principais cuidados que uma mulher deve ter ao encarrar uma gestação de risco é realizar um acompanhamento pré-natal muito intensivo, com consultas mais frequentes e exames mais específicos. Além disso, deve-se suplementar ácido fólico para evitar malformação do feto, com no mínimo 2 meses de antecedência.

E apesar dos riscos da gestação após os 40, há também o lado positivo dessa decisão. Uma mulher mais madura possui outra visão da maternidade, que pode ser mais desejada e curtida, com a família financeiramente estabilizada e pronta para receber com conforto o filho que está por vir.

Outra boa notícia é que, com os avanços da medicina, a mulher que desejar postergar sua gravidez pode procurar pela doação de óvulos ou congelar ao seus. Assim, existem chances maiores de sucesso de uma gravidez após os 40.

Há, portanto, uma série de opções à mulher que deseja ter filho aos 40 anos, mas os cuidados são basicamente os mesmos de qualquer outra gestação: ter uma alimentação saudável, evitar estresse, tabagismo, álcool, drogas e praticar exercícios físicos moderadamente.

É recomendável haver uma atenção especial a exames como ecocardiograma e ultrassom morfológico para detectar alterações cromossômicas no feto. No mais, uma mulher de 40 anos saudável pode, sim, ter uma boa gestação.

 


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