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5 mitos sobre o estresse e a infertilidade

20/03/2018

Sendo o estresse um fator muito comum na população atual, tem se difundido cada vez mais que ele prejudica o organismo das pessoas de diversas maneiras, inclusive sua capacidade de engravidar. Porém, será que tudo que ouvimos é verdade? Você saberia dizer qual a exata relação entre o estresse e a dificuldade de engravidar? Se é possível melhorar a fertilidade através de técnicas de relaxamento? Qual a real influência do estresse no momento da concepção?

Para esclarecer essas e outras dúvidas, preparamos 5 respostas para algumas das afirmações mais comuns que ouvimos à cerca da infertilidade e o estresse. Confira!

1. O estresse causa infertilidade
Mito. Embora o estresse cause muitas doenças, a infertilidade não pode ser considerada uma delas. Estudos recentes realizados para encontrar a relação entre o estresse e a infertilidade não acusaram diferença nas taxas de sucesso de concepção entre mulheres calmas e as mais estressadas. A verdade é que mesmo em situações de estresse emocional intenso, como guerras, as mulheres engravidaram naturalmente ao longo da história.

2. Quando a mulher relaxa, ela consegue engravidar
Mito. A infertilidade é uma condição médica que necessita de tratamento como qualquer outra. Medidas de relaxamento, como meditação, exercícios físicos, massagens e períodos de férias melhoram a qualidade de vida e saúde do casal, mas não podem substituir os tratamentos específicos de cada caso. O acompanhamento médico é essencial.

3. Casais inférteis engravidam depois que adotam uma criança e relaxam
Mito. Apesar de serem conhecidos inúmeros relatos de casais que engravidaram após a adoção de uma criança, a ciência não conseguiu comprovar a relação entre essas duas situações. Até agora, a taxa de gravidez espontânea após a adoção se manteve igual que daqueles casais inférteis sem tratamento com ou sem uma criança adotada. Ou seja, se esses casais tivessem aguardado um pouco mais, teriam engravidado da mesma forma. Na verdade, seguir tentando por mais um tempo é uma das chaves para concepção. E vale lembrar que a maioria das concepções espontânea em casais considerados inférteis ocorre com jovens que tem problemas de infertilidade leves.

4. Uma mulher engravida após parar os tratamentos para fertilidade, pois isso é estressante
Mito. Embora ainda existam muitos mistérios a cerca da fertilidade humana, as gestações que ocorrem após o fim dos tratamentos para fertilidade estão relacionadas aos próprios tratamentos. A verdade é que à medida que o casal adota uma dieta saudável, perde peso, abandona o cigarro, começa a praticar exercícios físicos e trata as doenças que são base para infertilidade, como o hipotireoidismo, a varicocele e a endometriose, a gravidez ocorre espontaneamente – embora nem sempre com a rapidez desejada.

5. O estresse não tem influência nenhuma sobre a fertilidade do casal
Mito. Apesar do estresse não ser uma causa da infertilidade, e do relaxamento não poder aumentar a fertilidade, existe sim influencia desses sobre o organismo humano. De forma indireta, o estresse afeta a fertilidade por provocar alterações na alimentação e peso corporal, o que afeta a produção de hormônios sexuais do indivíduo. Por exemplo, uma mulher com síndrome de ovários policísticos será muito afetada com o aumento de cortisol e gordura no corpo proporcionados pelo estresse. Com isso, a síndrome se atenuará e a ovulação será diretamente afetada. Já no homem, a obesidade pode gerar problemas com a ereção e a produção de testosterona, o que afetará os espermatozoides. A desregularização que o estresse causa no organismo do casal irá afetar as doenças pré-existentes e também dificultará as funções comuns.

É importante, então, procurar manter a calma e a esperança durante o tratamento para infertilidade, e seguir tentando a gravidez. Assim, com acompanhamento médico e mudanças de hábitos e comportamento, o tão sonhado positivo pode chegar – mesmo que demore um pouco mais.



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